Um novo tempo. O ano chegou e com ele um vírus que dominou o mundo. Projetos cancelados, sonhos adiados, tudo traçado e ao mesmo tempo paralisado. Nesta reclusão percebemos que somos totalmente limitados e suscetíveis. Percebemos que não temos o controle de nada e nada está no controle. Enxergamos, alguns sim, outros insistem em não ver, que o Ser emerge ao Ter.

Neste isolamento, contemplamos super heróis reais, longes das grandes telas, alguns, pertinho de nós, não é mesmo? Uma mensagem de carinho, um sorriso, um telefonema dizendo que está ali pronto para o precisar.. nos reinventamos. Nos resignificamos.

Que esta lição seja aplicada em amor, em equidade, com olhos de paz e não de guerra. Que o abraço aconteça dentro de nossos lares, que os filhos reconheçam seus pais, os respeitem e os amem. Que os pais, conheçam seus filhos e percebam que estão crescendo, que precisam de cuidados e presença muito mais do que ter. Há, o ter!!!

Pais foram ressuscitados neste isolamento. Haviam filhos órfãos de pais vivos e vice versa. Agora, eles se reencontram. Há um reencontro nos lares, nas famílias, nos corações. Que façamos deste isolamento um degrau para novas conquistas na certeza de que tudo irá passar, porém, o essencial deve ser mantido para sempre em nossos corações.

Júlia Holanda – Musicista, Pedagoga, Pós graduada em Neuropsicopedagogia, Musicalização Infantil e Neuroeducação Musical. Pós Graduanda em Musicoterapia, Mestranda em Educação e Diretora da Holanda Centro de Educação Musical Goiânia / GO