A Música e a Criança: Musicalização na Educação Infantil

A Música é uma linguagem complexa e rica em detalhes, a música desenvolve e traz liberdade de expressão, fazendo com que a criança se comunique e se socialize com o mundo a sua volta. Na Educação Infantil a música tem o forte papel de favorecer descobertas e possibilitar vivências na aprendizagem, proporcionando facilidade no desenvolvimento e no processo de educação. A música está em praticamente tudo na vida e sabemos que o conhecimento da música desde o início de maneira correta, irá contribuir para a formação de seres humanos sensíveis, criativos e reflexivos. A música na educação pode envolver outras áreas de conhecimento, através do desenvolvimento da autoestima por exemplo, a criança aprende a se aceitar com suas capacidades e limitações. A musicalização é uma ferramenta para ajudar os alunos a desenvolverem seus sentimentos e emoções, além de conseguirem expressar suas ideias e valores culturais, auxiliando também na comunicação com o mundo exterior e seu universo interior.
Devemos fazer bom uso da música na educação infantil como um instrumento facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

Palavras – chave: Educação, Música, Desenvolvimento Infantil, Aprendizagem.

 

INTRODUÇÃO

O primeiro capítulo: “O que é música”, foi dividido em dois subtítulos para mostrar um breve relato sobre a história da música e a sua importância para as crianças. Já o segundo capítulo: “A música na educação infantil”, trata da música no ambiente escolar, de como vem sendo trabalhada em sala de aula, a sua importância no desenvolvimento infantil e o seu uso como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem.

A música tem uma importância significativa na educação infantil, ela desenvolve várias capacidades na criança, como o desenvolvimento da linguagem, raciocínio, concentração e movimento. Sabemos que a criança que vivencia a musicalização no seu dia-a-dia poderá expressar-se mais facilmente, por exemplo, quando a criança canta, ela se movimenta ajudando assim na expressão corporal, na concentração, na disciplina e na atenção.

As crianças aprendem de formas diferentes dos adultos e para que a aprendizagem aconteça elas necessitam de metodologias diferenciadas e ferramentas que estimulem a criatividade e o envolvimento pedagógico. A música tem se tornado uma ferramenta importantíssima para o processo cognitivo da criança na educação infantil, pois está presente em todas as etapas da vida, desde sua formação no útero da mãe até atingir a vida adulta.

[…] a música é um tipo de arte com imenso potencial educativo já que, a par de manifestações estéticas por excelência, explicitamente ela se vincula a conhecimentos científicos ligados à física e à matemática além de exigir habilidade motora e destreza que a colocam, sem dúvida, como um dos recursos mais eficazes na direção de uma educação voltada para o objetivo de se atingir o desenvolvimento integral do ser humano. (SAVIANI, 2003, p.40).

Na educação infantil os alunos estão em fase de transição, por isso é uma fase de suma importância para o desenvolvimento mental, motor e emocional das crianças. A musicalização nesta etapa pode beneficiar no desenvolvimento integral das crianças, não só apenas como mais uma linguagem, mas como socialização e descoberta de novos conhecimentos, melhorando as suas funções motoras e psicológicas.

Bréscia (2003) acredita que há uma relação positiva entre a música e o desenvolvimento motor da criança no que diz respeito ao cantar, acompanhar o ritmo com as mãos, com os pés, com o movimento de todo o corpo e tocar instrumentos. Além disso, constitui um exercício das capacidades mentais e das habilidades cognitivas humanas.

A criança em contato com a música desenvolve várias habilidades, como; pular, cantar, dançar, imitar, entre outros. Sendo assim, a necessidade de utilizarmos a música na educação infantil é de fundamental importância, pois sabemos que o desenvolvimento cognitivo deve ser sempre estimulado.

A linguagem musical é um fator importantíssimo para o desenvolvimento expressivo da criança no meio social, gerando interação em várias áreas como por exemplo, na autoestima, no processo motor, no equilíbrio, autoconhecimento, entre outros, a música, no geral, é um meio facilitador para as crianças e é fundamental ter início na educação infantil, quando se está no início de descobertas e aprendizagens.

A educação infantil é a melhor etapa para estimular o senso ritmo e a audição, despertando a sensibilidade da criança e a interação no canto coletivo, aprendendo a analisar algo, a diferenciar coisas e ter a noção de ordenação do tempo, através da música. A importância desse estímulo desde cedo é de extrema importância para auxiliar no momento de ensino/aprendizagem.

Esta monografia tem como objetivo geral mostrar a contribuição da música no favorecimento do desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança. Para Piaget, a criança em fase escolar encontra‐se num período de desenvolvimento do pensamento concreto, aprendizagens rápidas, na maioria dos casos, parecem ser realizadas com entusiasmo, perseverança e curiosidade, encarando o pensamento e a aprendizagem como um desafio intelectual. Percebemos com isso a importância da linguagem musical em vários aspectos da vida de uma pessoa, tanto no início da vida quando criança, até a sua morte, essa linguagem é fortemente destacada e observada em diversas situações do nosso cotidiano.

Abordar a importância da música na educação infantil. Mostrar como a música pode contribuir com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança.
Mostrar de que maneira a música favorece o desenvolvimento do potencial criativo e da sensibilidade da criança, traz estímulo à sua concentração e disciplina.

 

O tema foi escolhido no sentido em que procuramos demonstrar a importância da música para a formação da criança. A música contribui para que os diversos conhecimentos sejam mais facilmente aprendidos pelos alunos.
Segundo SCAGNOLATO, 2006:

A música não substitui o restante da educação, ela tem como função atingir o ser humano em sua totalidade. A educação tem como meta desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que é capaz. Porém, sem a utilização da música não é possível atingir a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A música atinge a motricidade e a parte sensorial por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atinge a afetividade.
A importância da linguagem musical em vários aspectos da vida de uma pessoa, tanto no início da vida quando criança, até a sua morte, é fortemente destacada e observada em diversas situações.

Para BRÉSCIA (2003):

A musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo desenvolver e despertar o gosto musical, cooperando para o desenvolvimento da sensibilidade, senso rítmico, criatividade, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, autodisciplina, atenção, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC

A BNCC está prevista na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB, Lei nº 9.394/1996) e no Plano Nacional de Educação de 2014 (PNE, Lei nº 13005/2014). A BNCC se constitui em uma referência nacional para reformulação dos currículos e das propostas pedagógicas das instituições escolares em ação conjunta com os Estados, Distrito Federal e Municípios. Ao longo da educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), a BNCC estipula que deve ser assegurado ao estudante o desenvolvimento de dez competências gerais:

Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, BNCC, 2017, p. 9-10).

A BNCC deverá nortear a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares de todo o Brasil, indicando as competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade. “O documento está estruturado em: Textos introdutórios (geral, por etapa e por área); Competências gerais que os alunos devem desenvolver ao longo de todas as etapas da Educação Básica; Competências específicas de cada área do conhecimento e dos componentes curriculares; Direitos de Aprendizagem ou Habilidades relativas a diversos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos) que os alunos devem desenvolver em cada etapa da Educação Básica — da Educação Infantil ao Ensino Médio”. (Portal do MEC, 2017).

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC define os direitos de aprendizagens de todos os alunos do Brasil e o seu principal objetivo é o de promover a igualdade educacional. Os currículos de todas as redes públicas e particulares devem ter a BNCC como referencial, isso quer dizer, que todos os alunos terão a oportunidade e o direito de aprender o que é considerado essencial para sua formação global inclusive como um cidadão brasileiro em formação.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – PCN

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN foram escritos como referenciais e orientações pedagógicas para os profissionais docentes da educação. Sua função é contribuir com as políticas e programas de educação, socializando informações, discussões e pesquisas, subsidiando o trabalho educativo de técnicos, professores e demais profissionais da educação e ainda apoiando os sistemas de ensino estaduais e municipais. Os PCN apresentam as informações de que os currículos e conteúdos não devem servir apenas como transmissão de conhecimentos e sim como base para uma prática educativa voltada para a aprendizagem real e efetiva do aluno.
Segundo o Portal do MEC, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN possuem os indicadores do ensino que os alunos sejam capazes de:

compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;

posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;

conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;

conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;

desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;

conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;

saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

O QUE É MÚSICA?

A palavra música vem do grego – “musiké téchne” e quer dizer “Arte das Musas”. Trata-se de uma combinação de sons agradáveis ao ouvido.

A música é uma forma de arte que se constitui na combinação de vários sons e ritmos, seguindo uma pré-organização ao longo do tempo, ou seja, podemos definir música como uma sucessão de sons combinados a fim de se produzir melodia ou “arte” de combinar sons, e formar com eles melodia e harmonia. A linguagem musical pode ser um meio de ampliação da percepção e da consciência, porque permite vivenciar e conscientizar fenômenos e conceitos diversos” (BRITO, 2003, p. 26).

Existem várias formas de se conceituar “música”, isso vai depender do ponto de vista e da perspectiva teórica que se aborda.

A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas, etc. Faz parte da educação desde muito tempo, na Grécia antiga era considerada como fundamental para a formação dos futuros cidadãos ao lado da matemática e da filosofia. (BRASIL, 1998, p. 45).

Segundo Teca Brito (2003, p.17):

A música é uma linguagem universal. Tudo que o ouvido percebe sob a forma de movimentos vibratórios. Os sons que nos cercam são expressões da vida, da energia, do universo em movimento e indicam situações, ambientes, paisagens sonoras: a natureza, os animais, os seres humanos traduzem sua presença, integrando-se ao todo orgânico e vivo deste planeta.

Na opinião de Weigel (1988, p. 10) são quatro os elementos que compõem a música, a saber: 1- Som: são as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. As vibrações irregulares são denominadas ruído. 2- Ritmo: é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou curtos. 3- Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos sons. 4- Harmonia: é a combinação simultânea, melódica e harmoniosa dos sons.

A MÚSICA NO BRASIL

A música é um das expressões mais importantes da cultura brasileira. A música no Brasil foi fortemente influenciada por elementos das culturas europeia, africana e indígena, tendo como fontes históricas os registros dos padres jesuítas que por aqui passaram. A música foi usada como instrumento de catequização dos povos indígenas. Os primeiros professores de música do Brasil foram os padres jesuítas, responsáveis pela catequese dos indígenas, a partir de 1549. No sul do Brasil os jesuítas construíram as “Missões”, que era um projeto que além de levar cultura aos índios, também os ensinava a religião católica.

As primeiras manifestações musicais genuinamente brasileiras surgiram por volta de 1550, nas plantações de cana e nos engenhos de Pernambuco. Pela primeira vez, ali se reuniram o branco, o negro e o índio. (JEANDOT, 1990 p. 120).

Segundo a Wikipédia (Enciclopédia Livre), até o século XIX, Portugal foi a principal porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, tanto a erudita como a popular. A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros folclóricos de ocorrência regional.

A música indígena, por exemplo, desenvolveu-se em cada tribo de modo diferente, de acordo com sua maneira de se expressar musicalmente e com os instrumentos que lhe são próprios. Ela está presente nos ritos de caça, pesca, plantação, colheita, bem como nos de passagem, como nascimento, adolescência, casamento e morte. (JEANDOT, 1990 p. 120).

A partir do século XVII começam a chegar em território nacional ritmos musicais como “as valsas, polcas, tangos e outras diversas manifestações musicais estrangeiras”, Segundo ALMEIDA (1926, p.107), “…que se misturando a elementos da cultura indígena e principalmente africana dá-se origem a música popular brasileira”.

 

MUSICALIZAÇÃO NA INFÂNCIA

 

Conforme a WIKIPÉDIA, musicalização é o processo de construção do conhecimento musical, cujo principal objetivo é despertar e desenvolver o gosto pela música, estimulando e contribuindo com a formação global do ser humano.
A musicalização nas escolas não é para formar músicos, mas sim alunos que possam estar inseridos no mundo cultural no qual vivemos, pois os ganhos com a musicalização, vão muito além do aprendizado da música em si. Hoje a neurociência comprova que atividades musicais integram experiências sensoriais, motoras, de percepção e execução. Assim, quem experimenta a musicalização pode passar simultaneamente por diferentes processos – emocionais, cognitivos e sociais.

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017, p. 154):

A Música é a expressão artística que se materializa por meio dos sons, que ganham forma, sentido e significado no âmbito tanto da sensibilidade subjetiva quanto das interações sociais, como resultado de saberes e valores diversos estabelecidos no domínio da cultura. A ampliação e a produção dos conhecimentos musicais passam pela percepção, experimentação, reprodução, manipulação e criação de materiais sonoros diversos, dos mais próximos aos mais distantes da cultura musical dos alunos. Esse processo lhes possibilita vivenciar a música inter-relacionada à diversidade e desenvolver saberes musicais fundamentais para a sua inserção e participação crítica e ativa na sociedade.

As atividades de musicalização permitem que a criança se conheça melhor, ajudando a dominar melhor o seu corpo, aprimorando a coordenação motora ampla, com grandes movimentos e a fina, com pequenos movimentos. Sempre que a coordenação motora é desenvolvida na criança acaba por aprimorar a sua expressividade rítmica. O desenvolvimento rítmico prepara naturalmente a criança para a fase da leitura e da escrita, que fazem parte do processo de alfabetização e a música representa uma importante fonte de estímulo e equilíbrio para a criança nessa fase.

Conforme WEIGEL (1988), a música incentiva o desenvolvimento da criança em muitos aspectos e ao mesmo tempo garante a aquisição de novos conhecimentos. Ela se configura como uma instância no processo de socialização e escolarização.

Musicalizar uma criança nada mais é do que despertar nela à sua expressão espontânea. A musicalização é feita através de atividades lúdicas visando o desenvolvimento e aperfeiçoamento da percepção auditiva, imaginação, coordenação motora, memorização, socialização, expressividade e percepção do espaço.

Segundo Andréa Oliveira (2018), o desenvolvimento da criança quanto à musicalização se dá através da: Manifestação artística: a educação musical pretende desenvolver na criança uma atitude positiva para a música e procura capacitá-la para expressar e captar sentimentos de beleza da criação artística. A Autoestima: é por meio da música e do processo de criação, em que a música é apropriada, adaptada e alterada de múltiplas maneiras, que a criança se torna criadora e se sente autora, e assim se satisfaz, o que é positivo para o desenvolvimento da autoestima. A Criatividade: a presença da arte na educação torna a criança mais capaz de criar, inventar e reinventar o mundo à sua volta. Devemos considerar que a criatividade é essencial, pois a criança criativa raciocina melhor, tem mais facilidade para inventar meios para resolver problemas e dificuldades. E isso é fundamental em um mundo em que a tecnologia busca soluções cada vez mais elaboradas para seus problemas. O Sentido estético: por meio da música, que tem seus próprios valores estéticos, acaba sendo resgatado o verdadeiro sentido do belo. Para motivar o consumo, muitas vezes a mídia influencia negativamente o senso estético, especialmente nas crianças. E a Ética: ao mesmo tempo, o desenvolvimento do sentido estético acaba sendo acompanhado do desenvolvimento do sentido ético, ou seja, de uma escolha mais correta do que realmente pode ser bom, bonito e útil para as pessoas.

O objetivo principal da Musicalização Infantil é fazer com que a criança tenha um contato bem elaborado e estruturado com a música. Com o passar do tempo a criança inicia um processo de percepção, tornando-se sensível à música e amplia o seu universo sonoro. O resultado de todo este processo é o desenvolvimento da musicalidade.

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA PARA AS CRIANÇAS

Estudos afirmam que o envolvimento das crianças com o universo sonoro começa ainda antes do nascimento, na fase intrauterina os bebês já convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como o sangue que flui nas veias, a respiração e a movimentação dos órgãos da mãe.

Jeandot (1990, p.18), também afirma que, “Na verdade, antes mesmo de nascer, ainda no útero materno, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da música, como o ritmo, através das pulsações do coração de sua mãe”.

A receptividade à música é um fenômeno corporal. Antes ainda de começar a falar, podemos ver o bebê cantar ou balbuciar experimentando os sons que podem ser produzidos com a boca.

As crianças gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo, tais como palmas, sapateados, danças, volteios de cabeça, mas, inicialmente, é esse movimento bilateral que ela irá realizar. (JEANDOT, 1990 p. 19).

Segundo Leda Osório (2011) a infância é um período de grande percepção do ambiente que nos cerca, pois a criança é influenciada pelo que acontece a sua volta. A música é uma linguagem que comunica e expressa sensações, a criança desde o nascimento vive em um meio onde descobre coisas a todo tempo e sua interação com o mundo a permite desenvolver essa percepção.

A música possui um papel muito importante para as crianças. Ela contribui para o desenvolvimento psicomotor, sócio afetivo, cognitivo e linguístico, além de ser facilitadora do processo de aprendizagem. A partir do momento em que a criança entra em contato com a música, seus conhecimentos se tornam mais amplos e este contato vai envolver também o aumento de sua sensibilidade, além de fazê-la descobrir o mundo a sua volta de forma prazerosa. A música contribui também para reforçar todas as áreas do desenvolvimento infantil, representando um inestimável benefício para a formação e o equilíbrio da personalidade da criança. A contribuição da música não fica limitada somente na infância mas também na fase da adolescência e da vida adulta, influenciando com benefícios a personalidade do indivíduo em questão.

“O ritmo, a melodia, o timbre e a harmonia, elementos constituintes da música, são capazes de afetar todo o organismo humano, de forma física e psicológica. Através de tais elementos o receptor da música responde tanto afetiva quanto corporalmente. (FERREIRA, 2005 p. 25).

A música é um elemento sempre presente em nossa vida. Sendo imprescindível na formação da criança para que ela, ao se tornar adulta, atinja a capacidade de pensar por conta própria e exerça sua criatividade de maneira crítica e livre. A música tem importância fundamental na formação do corpo, da alma e do caráter das crianças contribuindo para a sua formação integral.

Rosa (1990) afirma que a simples atividade de cantar uma música proporciona à criança o treinamento de uma série de aptidões importantes. A musicalização é importante na infância porque desperta o lado lúdico aperfeiçoando o conhecimento, a socialização, a alfabetização, inteligência, capacidade de expressão, a coordenação motora, percepção sonora e espacial e matemática.

Quando a criança ouve uma música recebe estímulos que a despertam para o gosto musical, fazendo florescer o gosto pelo som, ritmo e pelo movimento. Cantando ou dançando, a música proporciona diversos benefícios para as crianças e é uma grande aliada no desenvolvimento saudável da mesma.

Na criança, cada idade reserva um aspecto particular com relação à música. A atividade sensório-motora do bebê, por exemplo, é o embrião de um gesto musical. Já na fase do jogo simbólico, o som tem função de ilustração, de sonoplastia. Posteriormente, o gosto pelos jogos de regra e a socialização preparam a expressão musical coletiva. (JEANDOT, 1990 p. 132).

A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

A Música na Educação Infantil tem o forte papel de favorecer descobertas e possibilitar vivências na aprendizagem.

“[…] para atender ao interesse da criança e em consonância com o desenvolvimento de seu pensamento, a música na Pré-Escola deve possibilitar vivências e descobertas, constituindo-se numa experiência concreta.” (WEIGEL,1988, p.18).

Portanto, para despertar o interesse da criança na educação infantil, é preciso que a criança tenha experiências concretas.

Musicalizar significa desenvolver o senso musical das crianças, sua sensibilidade, expressão, ritmo, “ouvido musical”, isso é, inseri-la no mundo musical, sonoro. O processo de musicalização tem como objetivo fazer com que a criança torne-se um ouvinte sensível de música, com um amplo universo sonoro. (OLIVEIRA, 2001 p. 99).
A musicalização é um processo de construção do conhecimento, ela favorece o desenvolvimento da sensibilidade, criação, senso rítmico, imaginação, memória, concentração, escuta e gosto musical, favorece o ato de compartilhar, o respeito ao próximo, socialização e afetividade, contribui também para uma verdadeira consciência corporal e de movimentação.

Na educação infantil, as atividades musicais são muito trabalhadas e focadas. Existe uma grande diversidade nesta área musical tanto em brinquedos, brincadeiras e outros, algumas atividades ficam tão famosas no meio das crianças se tornando favoritas, que prevalecem no ambiente escolar, tornando-se tradição de gerações. “O cotidiano da Educação Infantil é repleto de atividades musicais, algumas tão conhecidas que já fazem parte do repertório usual das escolas”. (MAFFIOLETTI apud, CRAYDY, 2001, p.123).

 

A música na educação pode envolver outras áreas de conhecimento, através do desenvolvimento da auto estima a criança aprende a se aceitar com suas capacidades e limitações. A musicalização é uma ferramenta importantíssima para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com desenvoltura. A criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros.

A música é uma linguagem tão rica em todos os aspectos, que desperta libertação na vida do ser humano, na liberdade de expressão, comunicação, socialização, na criação de algo novo, tornando-se um recurso forte na área educativa, no processo de desenvolvimento desde a sua existência, que é a infância, na sua primeira etapa de ensino e social: a Pré-Escola. “Por seu poder criador e libertador, a música torna-se um poderoso recurso educativo a ser utilizado na Pré-Escola.” (WEIGEL,1988, p.12).

A importância da música é inegável em vários aspectos, principalmente na formação da criança, na facilidade que proporciona para o desenvolvimento e no processo de educação. Vale destacar também que a música abrange várias áreas, podendo ser trabalhada também como meio facilitador para formar hábitos e comportamentos, ensinar valores para ter higiene, respeito, agradecimento a Deus e assim por diante, portanto vemos que a música é uma ferramenta muito utilizada nas questões de formação de hábitos, atitudes e comportamentos.

Pode-se incorporar a educação musical como parte integrante da formação do indivíduo desde a infância, atendendo a vários propósitos, como a formação de hábitos atitudes e comportamentos: ao lavar as mãos antes do lanche, ao agradecer a “papai do céu” por mais um dia de estudo, ao escovar os dentes, na memorização de conteúdos, de números, de letras e etc.” (BUENO, 2012, p.55).

Um dos objetivos da música na educação infantil é incentivar e possibilitar que a criança consiga expressar aquilo que não consegue falar, emoções e sentimentos que ela não sabe explicar, e em ambos os casos, a criança está aprendendo a lidar com o seu emocional através da música.

A música é uma fonte riquíssima de ensino-aprendizagem, e quando ela é percebida e recebe a devida importância pelos educadores, as ações mais comuns realizadas no dia a dia transformam-se em vivências capazes de estimular o desenvolvimento efetivo da criança. Portanto, a música na educação infantil torna-se mais uma ferramenta para o educador mediar o educando a desenvolver-se de forma plena e consciente.

Ao receber os estímulos musicais, através das músicas infantis como “Roda-roda”, “O sapo não lava o pé” e outras, em que as sílabas são rimadas e repetitivas, a criança passa a entender o significado das palavras através dos gestos que fazem ao cantar; Portanto, a criança se alfabetiza mais rápido, além de melhorar seu vocabulário. (BUENO,2012, p.54).

Na educação infantil as cantigas são rimadas e repetitivas com o propósito de facilitar a compreensão e o significado das palavras. Ao cantar as crianças fazem os gestos conforme as palavras da canção, que como consequência, facilitará no processo de alfabetização.

Segundo SCAGNOLATO, 2006:

A música não substitui o restante da educação, ela tem como função atingir o ser humano em sua totalidade. A educação tem como meta desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que é capaz. Porém, sem a utilização da música não é possível atingir a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A música atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atinge a afetividade.
É muito importante a utilização da música na educação infantil, pois a criança além de aprender brincando, o ambiente escolar se torna mais agradável e estimula cada vez mais à vontade dela participar das aulas. Introduzir conteúdos através da música para as crianças de 0 a 6 anos desenvolve relações afetivas e de socialização e consequentemente torna o aprendizado de qualquer área de conhecimento ainda mais fácil de ser absolvido.

 

A MÚSICA COMO FERRAMENTA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

A música pode ser utilizada em vários momentos no processo de ensino-aprendizagem, sendo de grande importância na busca do conhecimento, permitindo avanços no desenvolvimento lúdico, criativo, emotivo e cognitivo.
Bréscia (2003, p. 15) afirma:

O trabalho de musicalização deve ser encarado sob dois aspectos: os aspectos intrínsecos à atividade musical, isto é, inerentes à vivência musical: alfabetização musical e estética e domínio cognitivo das estruturas musicais; e os aspectos extrínsecos à atividade musical, isto é, decorrentes de uma vivencia musical orientada por profissionais conscientes, de maneira a favorecer a sensibilidade, a criatividade, o senso rítmico, o ouvido musical, o prazer de ouvir música, a imaginação, a memória, a concentração, a atenção, a auto disciplina, o respeito ao próximo, o desenvolvimento psicológico, a socialização e a afetividade, além de originar uma efetiva consciência corporal.

Os autores CHIARELLI e BARRETO (2005), destacam a importância da musicalidade para o desenvolvimento cognitivo e linguístico na educação infantil, classificando sua influência através de fases ou períodos:
Desenvolvimento cognitivo / linguístico: a fonte de conhecimento da criança são as situações que ela tem oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Nesse sentido, as experiências rítmico musicais que permitem uma participação ativa favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve sua acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela está descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive.
Desenvolvimento psicomotor: as atividades musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Atividades como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois elas permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, fatores importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita.

Desenvolvimento sócio afetivo: a criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros. Através do desenvolvimento da autoestima ela aprende a se aceitar como é, com suas capacidades e limitações. As atividades musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da socialização, estimulando a compreensão, a participação e a cooperação. Dessa forma a criança vai desenvolvendo o conceito de grupo. Além disso, ao expressar-se musicalmente em atividades que lhe deem prazer, ela demonstra seus sentimentos, libera suas emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e auto realização. (CHIARELLI; BARRETO, 2005).

Assim pode-se afirmar que a música possui forte influência na formação humana e consequentemente no desenvolvimento infantil. As escolas devem incentivar a interdisciplinaridade e suas várias possibilidades, pois a música auxilia em todas as etapas do ensino.

A música, é uma grande ferramenta, importante para a assimilação dos diversos conteúdos na rotina dos alunos, pois transporta para o universo dos mesmos, de forma lúdica, os conceitos científicos de diversas matérias. (BUENO, 2012, p.49).

 

A utilização da música é muito interessante na educação infantil em todos os aspectos, no geral, para o desenvolvimento das crianças, abrangendo várias áreas como recurso facilitador e estimulador para uma aprendizagem eficaz. A linguagem musical é uma linguagem lúdica e muito apreciada por todos, principalmente pelas crianças na fase de descobertas e conhecimentos, despertando alegria e prazer de forma descontraída, seja através do cantar, tocar um instrumento ou movimentar-se livremente. Portanto, a música é um meio facilitador muito eficiente para a aprendizagem.

A criança que participa das atividades musicais desenvolve mais habilidades para aprender outras disciplinas, para se interagir em grupos e também cria mais facilidades para resoluções de problemas diversos, afirma Bueno, (2011, p.189).

A participação da criança em atividades musicais aumenta sua habilidade para aprender por exemplo, matemática básica e leitura. Desenvolve também habilidades primordiais para uma vida social bem sucedida, como por exemplo, a autodisciplina. Desenvolve ainda o trabalho em grupo e habilidades para a resolução de problemas.
Bueno (2011) afirma que a música na educação funciona não apenas como experiência estética, mas também como facilitadora do processo de aprendizagem, como instrumento para tornar a escola um lugar mais alegre e receptivo e também ampliando o conhecimento musical do aluno.

A música realmente tem sua própria linguagem o seu próprio contexto, mas ela abrange muito mais que isso, ela pode ser um instrumento facilitador em vários aspectos do ensino-aprendizagem, gerando assim um desenvolvimento construtivo e completo para a criança. Possui uma linguagem tão importante quanto às demais áreas do conhecimento e dessa forma, a música tornou-se uma ferramenta indispensável para o processo cognitivo da criança na educação infantil.

A linguagem musical é um recurso de significativa importância no processo metodológico e pedagógico, pois além das vantagens já descritas acima, traz a interdisciplinaridade, com a qual se potencializa todo o processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, a educação musical auxilia todo o processo de formação do ser humano, pesquisas científicas comprovam que crianças, jovens e adultos que estudam música possuem um melhor desempenho na aprendizagem escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) menciona que a música é fundamental para o desenvolvimento de uma identidade, pois auxilia na autonomia do indivíduo, trabalha imaginação, criatividade, capacidade de concentração, fixação de dados, experimentação de regras e papéis sociais, desenvolve a expressão, o equilíbrio, a autoestima, autoconhecimento e a integração social (BRASIL, 1998). Os estímulos que a música proporciona como; senso ritmo, percepção auditiva, a sensibilidade, entre outros, são necessários serem explorados desde cedo, para uma melhor aprendizagem e desenvolvimento.

A Educação Infantil é a etapa em que a criança encontra-se na fase de conhecimentos e descobertas essenciais no processo de desenvolvimento, a área cognitiva, afetiva e social, linguística e psicomotora, são áreas importantíssimas que a música contribui para o seu desenvolvimento.

A musicalização é sem dúvida uma grande aliada no desenvolvimento global da criança. O trabalho musical com as crianças deixa o ambiente mais alegre e afetivo, permitindo que a criança se expresse, brinque, entre em contato com as vivências do dia a dia, com a família, e desenvolva seu vocabulário com mais segurança, ajudando assim no processo de aprendizagem da escrita e da leitura. Vemos então que a música é indiscutivelmente de grande importância no mundo. Além do fator cultural, a música hoje faz parte do dia-a-dia de uma forma tão abrangente que torna-se difícil imaginar um lugar onde não seja utilizado esse valioso instrumento/meio de satisfação para toda a humanidade. Acredito na importância da música, por isso conto com a maior valorização deste campo dentro dos espaços escolares pois além de trazer alegria e bem estar, ela proporciona crescimento emocional, afetivo, cognitivo e motor.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, LBP. Educação infantil: discurso, legislação e práticas institucionais [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
BARRETO, S. de J. Psicomotricidade: educação e reeducação. 2. ed. Blumenau: Acadêmica, 2000.

BASTIAN, Hans Gunther. Música na escola – A contribuição do ensino da música no aprendizado e no convívio social da criança. São Paulo, Paulinas, 2009.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Segunda versão revista. Brasília: Mec, 2016.
<Acesso em 09 de Setembro de 2019>.

BRASIL, Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Brasília: Mec, 1998.

BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil – Propostas Para a Formação Integral da Criança São Paulo; Peirópolis, 2003.

CRAIDY, Carmen Maria. Educação Infantil Pra Que te quero? Porto Alegre, 2001.

ILARI, Beatriz / BROOCK, Angelita (orgs). Música e educação infantil. Campinas, SP; Papirus, 2013.

JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. São Paulo: Scipione, 1990.

LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até os 6 anos. 7°ed. Porto alegre: Artes Médicas, 1992.

MÁRSICO, LEDA OSÓRIO. A Criança e a Música. Porto Alegre, 1982.

MÁRSICO, Leda Osório. A criança no mundo da música: Uma metodologia para educação musical das crianças. Porto Alegre, 2011.

MEC, Portal do. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf <Acesso em 15/09/2019>

OLIVEIRA, Andréa. 2018.
https://www.cpt.com.br/cursos-educacao-infantil/artigos/musicalizacao-infantil-a-importancia-da-musica-na-primeira-infancia <Acesso em 30/08/2019>

OLIVEIRA, d. a. Musicalização na educação infantil. Campinas, 2001.

POLLARD, Michael. Maria Montessori. Rio de Janeiro, Globo, 1993.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo, Cortez – Autores Associados, 2003.

WEIGEL, Anna Maria Gonçalves, Brincando de música. Porto Alegre RS, Kuarup, 1988.

Wikipédia, Enciclopédia livre <Acesso em 20/08/2019>

 

Raquel Lins Rodrigues Marinho; Graduada em Pedagogia e Administração de Empresas; Pós Graduada em Educação Musical e Musicalização Infantil; Coral Infantil, Juvenil e Adulto com Maestrina: Lucy M. Schimidt; Coral Américo Lima com o Maestro Jailton Santana; Curso de Teclado Popular com a  Professora Danielle Montuleze; Curso de Piano Popular com o Professor Gilberto de Queiróz; Coral da UNIFIL com a Maestrina: Elizângela Garcia (Participação como soprano); Participação nos Festivais de Música de Londrina; Coral Rhema; Vocal 7 Kantu´s; Projeto Toque sua Vida –Aulas de Teclado e Técnica Vocal – Projeto Social da IEAB-Lindóia; Integrante do Grupo Chorus em Londrina; Professora de Educação Musical e Musicalização.

 

 

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